Quando Matt Roussel viajou para a Mongólia em 2015, ocorreu algo inesperado: ele não queria mais trabalhar como ilustrador 3D. Essa decisão o impulsionou em direção à prática multimídia pela qual ele é conhecido hoje, girando em torno de tudo, desde xilogravuras e impressões até cerâmica e madeira pintada e gravada. Durante essa transição, Roussel primeiro gravitou em direção à xilogravura, desenvolvendo um estilo repleto de criaturas incomuns, composições lúdicas e linhas definidas e ilustrativas.
Logo depois, ele complementou suas impressões com esculturas expressivas e imaginativas, inspiradas pela tradição japonesa de cerâmica raku. Foi só mais tarde que ele combinou a xilogravura com sua vontade de pintar, resultando em superfícies texturizadas cujas fendas são riscadas com cores translúcidas. “Gosto de mergulhar o espectador em um mundo diferente da nossa realidade para trazer-lhe prazer, felicidade e estranheza “, declarou o artista.
É inegável que o trabalho de Roussel possui esse exato senso de imersão. Não importa o meio, sua arte praticamente salta em direção ao espectador, repleta de uma vibração fantástica. Seu elenco idiossincrático de personagens, com suas personalidades angelicais, exalam uma espécie de maravilha infantil, como se pudessem aparecer dentro de um livro de contos de fadas. Talvez não seja surpreendente, então, que Roussel já tenha desejado ser um ilustrador de livros infantis. Conheça aqui mais do trabalho dele.