Não é novidade que se pode aprender muito com a natureza. O arquiteto Vincent Callebaut enxerga o ambiente como um guia para projetar suas estruturas avançadas. Sua criação conceitual chamada Lilypad é um excelente exemplo. O projeto é uma ilha flutuante que se inspira na gigantesca Vitória Régia da Amazônia, uma espécie de nenúfar conhecida por ter as maiores folhas de uma planta aquática.
Suas folhas podem crescer até quase 3 metros de diâmetro. Da mesma forma, o Lilypad de Callebaut é uma estrutura autossustentável maciça cercada por água. O projeto pretende oferecer uma alternativa ao aumento do nível do mar. Ele funcionaria como uma cidade móvel e anfíbia que poderia acomodar até 10.000 habitantes. A cidade seguiria as correntes oceânicas e se adaptaria às forças naturais em vez de trabalhar contra elas, como fazemos agora.
Ecologicamente correto em sua essência, o Lilypad foi projetado para ter uma lagoa central de água doce que ajudaria na coleta e purificação da água da chuva. Outras áreas da estrutura seriam configuradas como marina e “zonas” de urbanismo onde as pessoas trabalhariam, fariam compras e se divertiriam. Camadas de moradias planejadas seriam cercadas por jardins suspensos e cruzadas por uma rede de ruas organizadas organicamente.
O design do Lilypad usa princípios de biomimética, uma prática que imita as estratégias usadas por organismos vivos para resolver desafios humanos. Callebaut tem maneiras distintas nas quais ele aplicou os fundamentos da biomimética ao Lilypad. Uma maneira é por meio de sua estrutura biônica. Vale a pena conhecer aqui mais sobre o estúdio.
