Nesse encontro, uma reflexão muito relevante sobre o poder das novelas na cultura e no comportamento da sociedade brasileira e as oportunidades que elas oferecem ao mercado da comunicação, ainda não exploradas na quantidade, e principalmente na qualidade possíveis.
Sobre a novela Pantanal, um fenômeno de audiência e compartilhamento recente, alguns pontos bem interessantes foram reforçados, como a responsabilidade do produto novela em ser uma das poucas coisas que chegam em lugares remotos, alguns sem escola, sem igreja e até sem água potável, tendo assim o compromisso de, muito além de entreter, reconhecer, respeitar e educar a comunidade local.
E no caso específico de Pantanal, a necessidade de adaptar a linguagem e o texto para as pautas atuais, pois muita coisa da versão antiga seria motivo de prisão hoje em dia. Sem esquecer do cuidado no conteúdo de acertar os limites nas cenas ligadas a comportamento, “assumindo” que existe machismo, homofobia, etc, e assim aumentar a possibilidade de discutir e combater preconceitos.
E o depoimento importante da Isabel Teixeira, atriz renomada no teatro mas que nunca havia feito novelas, revelando alguns pontos muito interessantes sobre as diferenças na técnica e abordando inclusive a relação do produto novela com as marcas e seu potencial.
Sobre a novela “Mar do Sertão”, algumas inovações importantes, como o fato de utilizar mais de 20 atores nordestinos que nunca tinham feito novela na vida, dando mais autenticidade para o produto, e a forma inédita de usar 2 repentistas para contar sobre os próximos capítulos. Confira alguns trechos, abaixo.
Novela da Globo: fenômeno pop, multigeracional e mobilizador. Com Allan Fiterman (diretor artístico / Mar e Sertão – Globo), Bruno Luperi (roteirista – autor da novela Pantanal), Isabel Teixeira {a Maria Bruaca de Pantanal} (atriz). Mediação de Leonora Bardini (diretora de programação e marketing Globo).